Exposição Maria-Antonieta metamorfoses de uma imagem

Uma profusão de representações tomou conta de Maria Antonieta de sua vida aos nossos dias. Como se cada época, cada grupo desejasse construir “sua” rainha, do tratamento de estrangeira à figura de mártir, da heroína adolescente à mãe dedicada, da mulher de cultura ao ícone da moda, cada pais concebeu sua visão de Maria-Antonieta, popular tanto no Japão quanto nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Itália.

Apesar de parecer fora de sintonia na França de seu tempo, e de ter sido  pouco compreendida, mais tarde sua figura floresceu no imaginário e passou a ser cultuada, especialmente nos últimos anos. Maria-Antonieta se tornou a personagem história mais comentada por livros e biografias ou em filmes, mais representada por artistas contemporâneos, a mais reciclada em móveis, espelhos, bonecas, mangás, romances, comerciais ou videogames.

Por que essa profusão de imagens? Por que o destino dessa princesa se presta às muitas fantasias de hoje?

Sem dúvida, porque ela se tornou o símbolo da feminilidade abusada e condenada ao infortúnio. Por seu nascimento nos meios mais privilegiados da Europa, e seu desejo, no entanto, de levar uma vida independente, em seguida por seu encontro com a História, o que lhe confere um papel político e ao mesmo tempo a condena à um destino destrutivo, Maria Antonieta pulsa uma onda emocional . O que lhe conferiu uma dupla identidade: ela é a “pobre menina rica” que destaca o sentimentalismo de hoje, mas também uma persona testemunhando a construção de um valor ambivalente do espaço público, a “celebridade”.

A exposição ilustra e explica historicamente, apenas através de uma abordagem comparativa e crítica, esta super-mediação global de Maria Antonieta e seu renascimento kitsch.

De 16 de outubro de 2019 a 26 de janeiro de 2020

Tarifa do Ingresso :  9 €
Para saber mais clique aqui

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